sábado, outubro 31, 2015

CULTURA E CIDADE

 
O Ministério da Cultura convida a todas e todos para o Seminário "Cultura e Cidade", realizado no âmbito do Programa Cultura e Pensamento, da Secretaria de Políticas Culturais do MinC. O evento será no dia 4 de novembro, em São Paulo, e acontecerá em dois lugares diferentes. As atividades da manhã e da tarde serão realizadas na sala Adoniran Barbosa do Centro Cultural São Paulo, enquanto o debate com os movimentos sociais, que começará às 18h, acontecerá na Vila Itororó. 



CONTEXTO: As explosões que eclodiram nos últimos anos em cidades de todo o mundo (re)colocaram a questão urbana no centro da agenda política e social contemporânea. O que está em jogo? Certamente, as cidades, mais do que nunca, são espaços e objetos de disputas que dizem respeito ao uso e apropriação do espaço urbano coletivo. Essas disputas têm seu desdobramento nas concepções, projetos e políticas públicas urbanas, assim como nas formas e dimensões materiais e simbólicas de apropriação do ambiente construído. Mas elas são também o lugar de novas e múltiplas culturas emergentes que nas margens e frestas de uma globalização homogeneizadora constroem novas identidades, interpelam violências, segregações e discriminações. A cidade é a encruzilhada na qual convergem disputas materiais e subjetividades, imaginários e rebeldias, utopias e nostalgias.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

Local: Centro Cultural São Paulo, na sala Adoniran Barbosa (Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso)
 10h - Mesa "O Direito à Cidade como Direito Cultural”, com:
Fernando Mello Franco - secretário municipal de Desenvolvimento Urbano de São Paulo
Guilherme Wisnik - arquiteto e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo/USP
Regina Novaes - antropóloga e professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia/UFRJ
Sérgio Urt - publicitário e ativista do movimento #OcupeEstelita
 14h - Apresentação da Frente de Trabalho de Cultura e Cidade, com Guilherme Varella, secretário de Políticas Culturais do MinC
 14h30 - Debate "Cultura e Cidade: a construção de outro imaginário urbano", com:
Juca Ferreira - ministro da Cultura
Fernando Haddad - prefeito de Prefeitura de São Paulo
Maria Rita Kehl - psicanalista, pesquisadora e ex-integrante da Comissão Nacional da Verdade
Provocador: Carlos Vainer - urbanista e professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional/UFRJ
Mediação: Nabil Bonduki - secretário municipal de Cultura de São Paulo


Local: Vila Itoróró (Rua Pedroso, 238 - Bela Vista)

 18h - Encontro com movimentos sociais e o debate "A cidade que queremos é a cidade que quisermos?"

O evento é gratuito e aberto a todas e todos, sem necessidade de inscrição prévia. Haverá transmissão ao vivo dos debates!

terça-feira, outubro 20, 2015

Tá precisando puxar a orelha do poder público? A hora é essa.


2ª edição do Prefeitura no Bairro vai atender Jardim Vera Cruz e Horizonte Azul.


Fonte ;

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/m_boi_mirim/noticias/?p=60825

domingo, outubro 18, 2015

6º Carreata Poética .



“Eu denomino que a favela é o quarto de despejo de uma cidade. Nós, os pobres, somos os trastes velhos.” A metáfora é forte e só poderia ser construída dessa forma, em primeira pessoa, por alguém que viveu essa condição. Relatos como este foram descobertos no final da década de 1950 nos diários da escritora Carolina Maria de Jesus (1914-1977). Moradora da favela do Canindé, zona norte de São Paulo, ela trabalhava como catadora e registrava o cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava no lixo. O centenário de nascimento de uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil é comemorado hoje (14).



Nascida em Sacramento (MG), Carolina mudou-se para a capital paulista em 1947, momento em que surgiam as primeiras favelas na cidade. Apesar do pouco estudo, tendo cursado apenas as séries iniciais do primário, ela reunia em casa mais de 20 cadernos com testemunhos sobre o cotidiano da favela, um dos quais deu origem ao livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, publicado em 1960. Após o lançamento, seguiram-se três edições, com um total de 100 mil exemplares vendidos, tradução para 13 idiomas e vendas em mais de 40 países.


Para Carolina, a vida tinha cores, mas, normalmente, essa não é uma referência positiva. A fome, por exemplo, é amarela. Em um trecho do primeiro livro, a autora discorre sobre o momento em que passa fome. “Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo! Eu que antes de comer via o céu, as árvores, as aves, tudo amarelo, depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos.” 

Mais informações;
https://www.facebook.com/events/440233912849596/

quinta-feira, outubro 15, 2015

SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco

Se você quer estudar na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, não pode deixar de se inscrever no processo seletivo dos Cursos Regulares, para o primeiro semestre de 2016. Os candidatos devem preencher um formulário no site do Instituto Mais até 29 de outubro, às 17h. A taxa de inscrição custa R$51 e poderá ser paga somente até o dia 30 - é possível pedir isenção do valor.
A instituição oferece 90 vagas para as turmas de oito Cursos Regulares – Atuação, Direção, Humor, Dramaturgia, Cenografia e Figurino, Técnicas de Palco, Iluminação e Sonoplastia. Os participantes precisam ter completado 18 anos e terminado o Ensino Médio. Estrangeiros podem se candidatar, desde que apresentem passaporte e estejam no Brasil de forma legal.
É preciso, ainda, ter disponibilidade para frequentar as aulas, que ocorrem no período da manhã (de terça-feira a sexta-feira, das 9h às 13h e aos sábados, das 9h às 18h30) ou da tarde (de terça-feira a sexta-feira, das 14h30 às 18h30, e aos sábados, das 9h às 18h30). Os cursos são completamente gratuitos e têm duração de dois anos.

divulgação
SP Escola de Teatro oferece 90 vagas para oito cursos regulares
A seleção é composta por duas etapas. Na primeira, o candidato faz uma redação e passa por uma entrevista – em que serão avaliados a disponibilidade e o interesse para as proposições artísticas e pedagógicas da escola.
Os aprovados nessa fase são submetidos a provas práticas específicas para o curso que escolheram. O resultado final será divulgado nos sites da SP Escola de Teatro e do Instituto Mais no dia 19 de dezembro, além das redes sociais e murais da instituição.
As matrículas devem ser feitas de 6 a 8 de janeiro de 2016, na secretaria da escola. A segunda chamada, se houver, será divulgada no dia 11, com matrículas nos dias 13 e 14. As aulas começam no dia 30 desse mesmo mês.
Serviço;

Processo seletivo para Cursos Regulares da SP Escola de Teatro

R$51

SP Escola de Teatro - Sede Roosevelt 

Praça Franklin Roosevelt, 210
Consolação - Centro
São Paulo
(11) 3775-8600
Estação República (Metrô - Linha 3 Vermelha e Linha 4 Amarela)
Fonte:
http://www.spescoladeteatro.org.br/editais/processo-seletivo-2016/edital-processo-seletivo-1-2016.pdf

Favelas Sustentáveis .

Evento acontecerá  no dia 17/10 abordando vários projetos de energias renováveis e sustentabilidade na região do Jardim Ângela.



As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas, até o dia 16 de outubro,  pelo emailongfaveladapaz@gmail.com.

segunda-feira, outubro 05, 2015

A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões.


Os principais disseminadores da cultura brasileira são os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos. Posteriormente, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, poloneses, árabes, entre outros, contribuíram para a pluralidade 
cultural do Brasil.

Áreas como o artesanato tradicional, pequenas manufaturas, moda e design são áreas estratégicas para o país, em vista de sua potencialidade em termos da melhoria das condições de vida das populações mais pobres. Elas podem trazer empoderamento individual e contribuir com a reduçâo da pobreza.
Ao tentar enfrentar seu problema mais urgente – a desigualdade social – o país vem descobrindo a forte influência da cultura para a configuração dessa realidade, bem como seu potencial de transformação social do cenário atual.

Região Nordeste


Entre as manifestações culturais da região estão danças e festas como o bumba meu boi, maracatu, caboclinhos, carnaval, ciranda, coco, terno de zabumba, marujada, reisado, frevo, cavalhada e capoeira. Algumas manifestações religiosas são a festa de Iemanjá e a lavagem das escadarias do Bonfim. A literatura de Cordel é outro elemento forte da cultura nordestina. O artesanato é representado pelos trabalhos de rendas. Os pratos típicos são: carne de sol, peixes, frutos do mar, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão-verde, canjica, arroz-doce, bolo de fubá cozido, bolo de massa de mandioca, broa de milho verde, pamonha, cocada, tapioca, pé de moleque, entre tantos outros.

O baião é um ritmo musical nordestino, acompanhado de dança, muito popular na região nordeste e norte do Brasil.

Foi na década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos Luiz Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”).

O baião utiliza muito os seguintes instrumento musicais: viola caipira, sanfona, triângulo, flauta doce e acordeon. Os sons destes instrumentos são intercalados ao canto. A temática do baião é o cotidiano dos nordestinos e as dificuldades da vida.

O baião recebeu, na sua origem, influências das modas de viola, música caipira e também de danças indígenas.

A embolada é um gênero musical de origem nordestina e tem como principal característica o curto intervalo entre as palavras e os versos, criando assim, uma melodia quase que totalmente oratória. Geralmente é feito de improviso quando do encontro de dois emboladores em uma feira, por exemplo. Na maioria das vezes a letra é satírica, cômica e descritiva. O ritmo tende a aumentar de velocidade, o que dificulta a dicção e o improviso.

 


     A embolada é hoje encontrada em várias regiões do Brasil, mas, sobretudo, na região Nordeste, onde tem surgido a maioria dos emboladores, e os mais conhecidos pelo Brasil afora. Foram esses emboladores nordestinos os responsáveis por levar a embolada para além dos limites da região.

 TODA FEIRA NORDESTINA é uma colorida e pitoresca exposição, heterogênea em seus elementos de sabor local, principalmente nas mostras abertas de seu artesanato de cerâmica, cestos, flandres, rendas etc., rudes e maravilhosos resultados de talento dos artistas do sertão, cangaceiros, beatos e cantadores. Tornou-se famosa a feira de Caruaru, ainda mais depois do baião divulgado por Luiz Gonzaga, que não omite os mínimos detalhes daquele espetáculo folclórico do interior pernambucano. Todavia, uma das atrações mais fascinantes da feira do Nordeste é, sem dúvida, o encontro de dois emboladores, empunhando o pandeiro ou o ganzá (instrumentos de flandre, cheio de caroços de chumbo). 

Frevo, uma marcha de ritmo sincopado, obsedante, violento e frenético, que é a sua característica principal. E a multidão ondulando, nos meneios da dança, fica a ferver. E foi dessa ideia de fervura (o povo pronuncia 'frevura', 'frever', etc.), que se criou o nome de 'frevo'." A coreografia é improvisada e quase acrobática, executada originalmente com roupas coloridas e uma sombrinha.
O maracatu tem origem negra e religiosa. Grupos de negros acompanhavam os reis do Congo, eleitos pelos escravos, que eram coroados nas igrejas, em que depois faziam um batuque em homenagem à padroeira ou, em especial, a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos homens negros. A tradição religiosa se perdeu e o grupo convergiu para o carnaval, mas conservou elementos próprios, diferentes dos de outros cordões ou blocos carnavalescos. À frente do grupo vão rei e rainha, príncipes, embaixadores, dançarinas e indígenas. Não há enredo. Simplesmente se desfila ao ritmo dos tambores. O ritmo surgiu em Pernambuco, mas também se encontra em outros estados do Nordeste.
O nome forró deriva de forrobodó, "divertimento pagodeiro", segundo o folclorista Câmara Cascudo. O forró era em sua origem um baile animado por vários gêneros musicais, como o baião, o xote, e o xaxado. Nesse sentido, também era conhecido como "arrasta-pé" ou "bate-chinela". O forró, hoje, é praticamente um gênero musical que engloba os ritmos acima mencionados. Sua origem é o sertão nordestino e os instrumentos musicais utilizados são basicamente a sanfona ou acordeão, o triângulo e a zabumba.
O baião, segundo o folclorista Câmara Cascudo, associa os termos "baiano" e "rojão", pequenos trechos musicais executados por viola, no intervalo dos desafios entre os cantadores de improviso. Mas o gênero consagrou-se e ganhou novas características quando o sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga ) popularizou-o através do rádio em todo o Brasil. É este o ritmo que predomina hoje nos forrós.


O xote é um ritmo mais lento, para se dançar a dois, de origem alemã, mas que se radicou no Nordeste e mistura os passos de valsa e de polca. Quanto ao xaxado, originalmente, era uma dança exclusivamente masculina, executada peloscangaceiros, sem acompanhamento instrumental para o canto, com o ritmo marcado pela coronha dos rifles, batidos no chão. O nome xaxado deve ser uma onomatopeia do xá-xá-xá que faziam as alpercatas de couro ao se arrastarem no chão. A dança, difundida por Lampião e seu bando, dispensava a presença feminina. Segundo Luiz Gonzaga, "nessa dança, a dama é o rifle".
Região Norte


A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi-bumbá do país, que ocorre em junho, no Amazonas. Outros elementos culturais da região Norte são: o carimbó, o congo ou congada, a folia de reis e a festa do divino.

A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. Outros alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta-de-cheiro.

Coco, lundu e maxixe
Outra dança tradicional do Nordeste e do Norte, o coco, tem origem incerta: alguns dizem que veio da África com os escravos, e há quem defenda ser ela o resultado do encontro entre as culturas negra e índia. Apesar de frequente no litoral, o coco teria surgido no Quilombo dos Palmares, a partir do ritmo em que os cocos eram quebrados para a retirada da amêndoa. A sua forma musical é cantada, com acompanhamento de um ganzá ou pandeiro e da batida dos pés. Também conhecido como samba, pagode ou zambê, o coco originalmente se dá em uma roda de dançadores e tocadores, que giram e batem palmas.

Já o lundu foi o primeiro gênero afro-brasileiro de canção popular. Originalmente era uma dança sensual praticada por negros e mulatos em rodas de batuque, fixando-se como canção apenas no final do século 18. Posteriormente, no século 19, com harmonização erudita, chegou aos salões das elites cariocas. Contudo, o ritmo desapareceu no início do século 20, ou melhor, misturou-se ao tango e à polca e deu origem ao maxixe ). Este apareceu entre 1870 e 1880, como dança, e tornou-se gênero musical por volta de 1902.

Apesar de o tambor e os instrumentos de percussão, em geral, serem bem conhecidos dos portugueses, foram os africanos que introduziram no país a maior variedade que deles existe hoje, além das danças que têm na percussão a sua essência, caso do Tambor-de-crioulo. Este compõe-se de uma série de cantos e dança, ao som de triângulo, cabaça e tambores.





Região Centro-Oeste


A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, recebendo contribuições principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações culturais típicas da região: a cavalhada e o fogaréu, no estado de Goiás; e o cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. A culinária regional é composta por arroz com pequi, sopa paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, maria-isabel, empadão goiano, pamonha, angu, cural, os peixes do Pantanal - como o pintado, pacu, dourado, entre outros.

Cavalhadas é uma festa de origem portuguesa que representa torneios medievais e as batalhas entre cristões e mouras, em especial a batalhado século VI, onde Carlos Magno, um guerreiro Cristão travou uma batalha épica contra os sarracenos, de religião islâmica, pela defesa de um território. As Cavalhadas foram introduzidas no Brasil pelos padres jesuítas durante a catequização dos índios e escravos.
No Brasil essa festa acontece em algumas cidades, principalmente a região centro-oeste e sul do país.



    Cavalhadas famosas no Brasil são as da cidade de Pirenópolis, no estado de Goiás e de Poconé, em Mato Grosso.    A festa de Pirenópolis incluir além dos personagens principais, os mascarados que representam o povo.   No sul o país temos Cavalhadas conhecidas, como as das cidades de Guarapuava no Paraná, e também cidade do Rio Grande do Sul, como em Cazuza Ferreira, distrito de São Francisco de Paula, Vacaria, Mostardas, Santo Antônio da Patrulha e Caçapava do Sul,


 No mês de abril acontece na Cidade de Goiás - GO, a  Procissão do Fogaréu, representação exclusiva da Região Centro-Oeste, mais precisamente do Estado de Goiás. Sem dúvida é uma das manifestações religiosas populares, tradicionais e folclóricas mais belas que acontecem na Cidade de Goiás e no Brasil.



  A celebração dá continuidade a uma tradição que começou a mais de 200 anos, consiste em encenar as principais passagens bíblicas que antecedem a crucificação de Cristo pelas ruas da Cidade de Goiás, da qual a Procissão do Fogaréu faz parte. 

    Nesta procissão "Os Farricocos"  homens encapuzados com vestes coloridas e descalços, carregam tochas acesas entre as ruas escuras, representando o caminho dos romanos até o momento da prisão de Cristo






Região Sudeste


Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, caiapó.

A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, pão de queijo, feijão-tropeiro, carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza, etc.

O Chorinho surge no Rio de Janeiro, então capital federal, e deriva de uma interpretação da polca. Tornou-se popular, junto com as modinhas, por volta de 1870, com conjuntos que acompanhavam serenatas com violão, cavaquinho e flauta. É cultivado até os dias de hoje, tanto que em São Paulo e no Rio de Janeiro há casas noturnas especializadas em chorinhos ou que oferecem alguma noite da semana especificamente a este gênero.

O samba deriva de diversos ritmos africanos e seu nome vem da palavra "semba", que quer dizer "umbigada", ou dança de roda onde os participantes se tocam pela barriga. Ao longo do século 20, o samba evoluiu e ganhou várias formas, como o samba-canção, o samba de breque, o samba enredo e, mais recentemente, o pagode. Como se disse antes, o samba tornou-se um símbolo do Brasil e sua maior expressão se dá no carnaval, em especial do Rio de Janeiro e, mais recentemente, também em São Paulo.

A bossa nova também não pode deixar de ser mencionada entre os ritmos brasileiros, inclusive por seu prestígio internacional. Bossa nova foi o nome dado a um movimento musical lançado no Rio de Janeiro no fim dos anos 1950, por cantores e compositores de classe média. Suas características mais marcantes foram dadas por João Gilberto) que integrava melodia, harmonia e ritmo e uma maneira mais intimista de cantar. As letras extraíam seu lirismo do cotidiano. Além do já citado João Gilberto, teve como seus maiores expoentes Tom Jobim e Vinícius de Moraes.





Região Sul


O Sul apresenta aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos. As festas típicas são: a Festa da Uva (italiana) e a Oktoberfest (alemã). Também integram a cultura sulista: o fandango de influência portuguesa, a tirana e o anuo de origem espanhola, a festa de Nossa Senhora dos Navegantes, a congada, o boi-de-mamão, a dança de fitas, boi na vara. Na culinária estão presentes: churrasco, chimarrão, camarão, pirão de peixe, marreco assado, barreado (cozido de carne em uma panela de barro), vinho.

Fandango é o conjunto de várias danças de natureza popular, conhecidas como ‘marcas’. Embora já tenha sido executado nas celebrações sediadas em palácios, hoje ele está integrado ao folclore brasileiro, principalmente o do sul do país

Estas danças desembarcaram nas praias paranaenses pelas mãos dos portugueses açorianos, que detinham forte inspiração da cultura espanhola, aproximadamente em 1750. O fandango passou então a integrar as comemorações do Intrudo, o ancestral do Carnaval. Durante 4 dias os dançarinos, chamados de ‘folgadores’ e ‘folgadeiras’, praticavam os mais diversos bailados – entre eles o Anu, Andorinha, Chimarrita, Tonta, Caranguejo, Vilão do Lenço, Sabiá, Marinheiro, Xarazinho, Xará Grande, entre outros – e consumiam o tradicional Barreado, mistura de carne e toucinho.

Com o passar do tempo, o Fandango executado no Paraná foi assimilado pelo caboclo do litoral, assumindo assim seu caráter folclórico, e desta forma é preservado até hoje. Suas danças podem ser bailadas ou sapateadas, invariavelmente; apenas se modificam as músicas e as palavras. Aliás, estas coreografias não prescindem jamais da poesia cantada e da viola, sua ferramenta essencial.

Além do uso de duas violas, é fundamental também a presença do acordeão, da rabeca e do pandeiro rural, conhecido como adufo ou maxixe. Normalmente as violas, que quase sempre são compostas de cinco cordas duplas e uma meia corda, são confeccionadas com a caxeta, uma espécie de madeira, bem aprimorada artisticamente. Os dançarinos, trajando típicas vestes gaúchas, giram em torno um do outro sensualmente, sem jamais se roçarem, nem mesmo com as mãos. Os casais executam movimentos tentadores, insinuantes e ondulantes.

Há um estilo, porém, o ‘tatuí’, no qual os cavalheiros dispensam suas damas, sendo praticado por dez homens. Eles começam a dançar ao som de pancadas com a palma da mão ou ao soar das castanholas, e se movem da esquerda para a direita. Os passos que compõem esta coreografia são o viracorpo, pega-na-bota, quebra-chifre, pula-sela, mandadinho, cada um com suas características especiais, mas todas se concluem com a formação de uma nova roda.

Atualmente o Fandango se estende do extremo sul a São Paulo. No litoral paulista o Fandango inclui coreografias que englobam ou não o sapateado, entre elas o DãoDão, DãoDãozinho, Graciana, Tiraninha, Tirana-Grande, Rica-Senhora, Recortado, Recortado Grande, Morro Seco, Pica-Pau, João Dum Maruca, São João do Porto, Chimarrita, Querumana, e outras mais. A música é normalmente composta em compasso binário.

O Fandango original integrava as peças teatrais encenadas nas celebrações jesuítas, como a marujada, a nau catarineta, e outras figuras do folclore brasileiro. Sua modalidade rural, porém, se refere a várias coreografias conhecidas genericamente como danças de salão, especialmente na região Sul. Assim este termo se estendeu a qualquer reunião de pessoas para dançar ou a todo tipo de diversão.